Memórias

A garotinha brincava em um balanço no jardim, usava um vestido branco com flores amarelas e sapatos novos. Era um dia especial, a família estava toda reunida no interior da casa da vovó e ela podia sentir o cheiro do pernil recém saído do forno. A mãe da garota chamou por ela à distância, mas ela queria balançar mais um pouco, então a mãe foi até ela e com um sorriso gentil disse um nome... que Flora não conseguiu entender, isso a deixou aflita e a fez acordar.

Era o rosto da sua mãe, os mesmo olhos verdes e sorriso contagiante que ela se lembrava, o cheiro do pernil era tão real quanto o frio na barriga que sentia ao balançar. Seria uma memória? Se sim, por que não conseguia ouvir o próprio nome?

Donatello acordou com a agitação dela, sempre em alerta, ele pensou que poderia ser alguém e pegou a arma que guardava perto da cama, mas logo reparou que não era nada demais e relaxou.

— Teve um pesadelo? — perguntou.

— Não... Acho que foi uma memória. — Don se sentou e acendeu a luz do
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