- Não, não... - Raquel balançou a cabeça.

Ela tinha sofrido apenas uma breve queimadura com a água quente, uma dor que durou apenas um segundo.

Ela podia suportar.

Mas naquele momento, a proximidade repentina de Michel a fez se sentir em perigo.

Ele era naturalmente alto, mesmo sentada no balcão do bar, ela ainda não alcançava sua altura e parecia bastante delicada.

Michel, entretanto, parecia não ter ouvido o que Raquel disse. Ele examinou cuidadosamente as pequenas mãos dela, que eram brancas e delicadas. Somente depois de confirmar que ela não tinha nenhuma marca vermelha, ele falou:

- Srta. Raquel, por que você é sempre tão desajeitada?

Seu tom poderia ser interpretado como crítico, mas soou mais como uma adoração assustadora.

- O que eu sou? - Raquel retrucou.

Depois de retrucar, ela pareceu subitamente perder sua confiança.

Nas poucas vezes em que jantaram juntos em casa, sempre havia algum contratempo.

Ela olhou nos olhos inquisidores de Michel e admitiu:

- Só na sua frente.

Com