Imploraram Por Uma Chance Que Já Tinham Perdido
Imploraram Por Uma Chance Que Já Tinham Perdido
Por: Maria J
Capítulo 1
— Mãe, sobre aquele convite para ir morar com você na sua Alcateia, eu aceitei.

Do outro lado da linha, se fez um silêncio de dois segundos antes de minha mãe exclamar, surpresa:

— Maria, você finalmente aceitou!

Em seguida, sua voz subiu de tom:

— Por que você resolveu aceitar de repente? Da última vez que te convidei, você disse que não queria sair de casa. Foi seu pai quem te magoou?

— Eu sempre soube que seu pai era um Alfa em quem não se pode confiar. Quando me divorciei dele, quis te levar comigo.

— Mas ele se opôs com força, prometendo que cuidaria bem de você e do Rael. Eu não deveria ter acreditado nele! Maria, me conte, o que fizeram com você? Vou dar uma boa lição em quem te fez sofrer.

Minha mãe era a pessoa que mais me amava neste mundo.

Naquela época, ela quis me levar embora com ela.

Foi meu pai quem me segurou com força nos braços, prometendo que cuidaria bem de mim.

Meu irmão segurava minha mão, chorando e dizendo que nunca queria se separar de mim nesta vida.

Por eles, foi que tentei convencer minha mãe a me deixar ficar.

Mas agora, eles já tinham esquecido todas as promessas que me fizeram.

Segurei a dor que subia em meu peito, ajustei minhas emoções e, fingindo felicidade, disse:

— Mãe, não é isso, só senti saudades de você.

Minha mãe fez uma breve pausa, talvez tenha percebido algo, mas ainda assim não quis me expor, respondendo com carinho:

— Também senti saudades da minha querida. Só de pensar que vamos morar juntas, fico muito feliz. Vou comprar sua passagem agora, mal posso esperar para te ver, minha filha querida.

Assim que desliguei o telefone, recebi a notificação da passagem.

Minha mãe marcou o voo para dali a três dias.

Ela ainda mandou outra mensagem:

[Maria, nesses dias, aproveite para se despedir dos seus amigos. Espero que nunca mais nos separemos.]

Despedida?

Pensei naqueles que tanto me desprezaram: meu pai, meu irmão e meu noivo, Joel.

Três dias seriam suficientes.

Guardei o celular e fiquei parada por um longo tempo na esquina.

Nevava forte, e uma rajada de vento gelado me fez estremecer.

No final, acabei ligando para meu pai.

Apesar de nossa recente briga, ainda somos ligados pelo sangue. Eu devia me despedir dele direito.

Mas o toque mal começou e ele já desligou.

Tentei de novo, mas o telefone estava desligado.

Só me restou tentar ligar para meu irmão. O telefone tocou por tanto tempo que minha mão quase ficou dormente de tanto frio, até que ele, por fim, atendeu, como se fosse um favor.

— Por que está ligando sem parar? Você sabe que quase atrapalhou a apresentação da Carrie?

Apesar de já estar acostumada ao favoritismo do meu irmão, suas palavras ainda doíam profundamente.

Engoli minha tristeza e perguntei com cuidado:

— Mano, faz tanto tempo que não nos vemos. Pode jantar comigo hoje?

Meu irmão não respondeu.

Com medo de ouvir algo ainda pior, apressei-me em ser atenciosa:

— Mano, consegui mesa naquele restaurante de frutos do mar que a Carrie tanto queria ir.

— Vamos juntos hoje à noite, pode ser?

Carrie era a menina que meu pai havia adotado.

Desde que ela passou a morar conosco, nunca precisei me humilhar tanto para agradá-la.

Mas meu irmão desprezou completamente minha tentativa de aproximação.

— Maria, o que você está tentando agora? Da última vez, por sua causa, a Carrie quase não conseguiu se apresentar. O que você quer dessa vez?

Meu coração foi perfurado por milhares de agulhas.

Aquele irmão que jurou confiar em mim para sempre parecia ter desaparecido sem que eu percebesse.

Desanimada, disse:

— Não é isso, mano... Só quero te ver.

— Mas eu não quero te ver...

Antes que ele terminasse a frase, Carrie o interrompeu.

A voz suave da Carrie soou:

— Mano, não devia tratar a Maria com tanta frieza, ela vai ficar triste. Também faz tempo que não vejo a irmã. Vamos jantar todos juntos. Mas hoje estou cansada, podemos jantar em casa? Que pena que a babá está de folga hoje. Estou com vontade de comer camarão ao alho, mana, você pode preparar pra mim?

Respondi sem hesitar:

— Eu faço pra você.

Assim que terminei, com medo que meu irmão mudasse de ideia, desliguei o telefone imediatamente.

Fiquei tão feliz com a possibilidade de melhorar a relação que me esqueci completamente de que sou alérgica a frutos do mar, e não posso nem tocar em camarão.
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