O dia passou tão lento. Ana estava em sua galeria, pensativa. Não conseguia esquecer a sensação de quando seus dedos tocaram a pele de seu marido.
"Será que estou me tornando uma pervertida?"
Pensou Ana, sentindo sensações nunca sentidas por ela antes. Um calor consumiu o meio de suas pernas, subindo pelo seu ventre.
— Meu Deus, eu realmente estou ficando louca, e a culpa é toda da Alexa. — Sua voz soou abafada e nervosa. Por sorte, Gean e Débora estavam na recepção, e ela, em sua sala — caso contrário, nunca mais conseguiria encarar aqueles dois.
Ana se levantou de seu assento. À sua frente, ela tinha o cavalete e uma pintura quase finalizada, criada por ela.
Era uma mulher diante de uma janela entreaberta. A luz da manhã escorria pelas cortinas finas, como se tocasse sua pele com reverência. Seus ombros nus existiam, suaves e livres, como se carregassem uma história de entrega e escolha. A camisa branca caía sobre seus braços como se estivesse cansada de cobri-la, revelando o desenh