— Onde você estava? — Théo perguntou, preocupado, diminuindo cada vez mais a distância entre os dois.
— Eu... Eu...
Ana tentava falar algo, mas o nervosismo por ver Théo naquela situação, a lembrança do sonho e o momento em sua galeria tomaram conta da mente dela.
— Você o quê? — perguntou ele, ficando frente a frente com ela. E tudo, para ela, piorou quando a pergunta dele veio em forma de sussurro. Aquela era uma provocação calculada.
— Eu, perdi o sono... fui dar uma volta... Estava conversando com... com... com o senhor Jorge.
Finalmente conseguiu falar, mas o motivo foi porque desviou os olhos e focou a visão em um pequeno quadro na parede. Théo a encarou, observando o comportamento dela, percebendo que ela estava mexida com sua presença. Gostou do que viu e queria usar isso a seu favor.
Théo se aproximou mais. Com o braço esquerdo, repousou a mão perto da cabeça de Ana. Ela o encarou, os olhos brilhando com uma inquietação contida.
— Então você foi dar uma volta? Por que não me