— Quem era? — perguntou Barbara.
— Vieram perguntar se estava tudo bem e me avisar que vou ter que descer essa noite — disse cabisbaixo.
— Segunda vez essa semana — ressaltou Barbara.
— Eu sei. Sinto muito. Vou comprar pizza para o jantar. — Aproximou-se dela e apanhou as suas mãos, observando as suas queimaduras. — Vamos cuidar disso.
Matheus levou-a de volta ao banheiro e passou pomada nas mãos dela. Comprou o jantar, serviu a mesa e cortou a fatia da pizza em pedacinhos para Barbara comer com mais facilidade. Sozinha, ela não conseguiria cortar. Depois, ele tomou um banho e subiu até a Boca 1 para pegar a mochila com a entrega e uma arma. Ao passar pela sala, em direção à saída, viu Bodão sentada no sofá ao canto.
— Posso falar com você? — Matheus pediu.
— Diz ae, Matheusinho.
— Tô descendo o morro.
— Eu sei. Fui eu quem mandou te chamar.
— Tô precisando de mais grana. Tu podia me pagar alguma coisa a mais por esse serviço.
— O que te pago pra contar dinheiro não é suficiente? — pe