Matheus saiu da água e correu até ela, ajoelhando à sua frente e lhe selando os lábios.
— A água tá ótima!
— Daqui a pouco eu entro. Sente aqui. — Indicou-lhe o espaço à sua frente, entre as pernas.
Ele acomodou-se ali, de costas para ela. Barbara aplicou protetor nas costas dele e espalhou-o por toda a pele, incluindo ombros, braços e pescoço. Matheus tinha uma tatuagem ali na parte de trás. Uma cruz com um manto enroscado nela e uma coroa de espinhos dependurada sobre a ponta no topo.
— Você é religioso?
— Não frequento uma igreja ou me identifico com uma religião. Apenas tenho fé nas coisas, por mais que às vezes eu não tenha comigo mesmo.
— Por quê? Não faz sentido ter fé nos outros, mas não em si mesmo.
Ele olhou-a por cima do ombro. Matheus abriu a boca para lhe dizer algo, mas nada disse. A fechou e olhou para frente outra vez.
— Tudo bem, Matheus. Pode falar — tentou o encorajar, mas nada saiu da boca dele.
Ela terminou de aplicar o protetor e depois o abraçou por trás, deitan