87. UMA RÉSTIA DE ESPERANÇA
Cristal observa Gerónimo, ainda atónita com a forma como ele descreve o efeito que aquele primeiro beijo entre eles lhe provocou. Tem um turbilhão de emoções que não consegue ordenar completamente na sua mente. Ele, que acabava de lhe confessar que tinha estado com quase todas as mulheres de Roma… ou talvez de Itália. Está a dizer-lhe que aquele foi especial. Quer acreditar nele com todas as suas forças, mas uma sombra de dúvida surge: dizia-o com sinceridade ou apenas tentava conquistá-la mais uma vez com as suas palavras hábeis e bem calculadas, típicas de um Casanova experiente?
No entanto, uma faísca de alegria floresce dentro dela, que sussurra que poderia ser verdade, que ela poderia ser aquela mulher singular na vida de Gerónimo. A única. Aquela que ele descrevia com fervor, a escolhida que, segundo dizem, os Garibaldi encontravam ao conhece