Stavri para suas mãos por um momento, observando-o com ternura. Aqueles anos juntos lhe mostraram que, por mais dura que seja a situação, sua maior força sempre foi estarem unidos. Ela se aproxima dele, deixando a cozinha por um instante, e acaricia seu rosto suavemente.
— Agapi mu, você sabe que ela está confusa e assustada — diz ela, decidida a convencer o marido a aceitar o Garibaldi como genro —. A pobrezinha acredita que você não a quer ao seu lado. Agora, ela não se sente segura aqui nesta casa e foi com seu irmão, que é em quem ela mais confia. Ela nem acredita que eu possa protegê-la, sendo sua mãe. Yiorgo suspira, tomando as mãos da esposa e buscando consolo naquele contato. Em sua mente, começa a refletir sobre todos os seus erros. — Eu causei um terrível dano à minha menina. Eu a quero proteger tantCristal observa a dinâmica entre os dois com um sorriso, percebendo o vai e vem que talvez seja a faísca de algo mais profundo. Maximiliano, sempre reservado, parece baixar suas barreiras diante da presença de Coral. —Não, mas você é meu Gatinho, goste você ou não —respondeu Coral com firmeza. —Ei, deixem isso para quando estiverem sozinhos! —os interrompe Cristal—. O que você está fazendo aqui, Coral? Cristal sente uma conexão instantânea com Coral; de alguma forma, ambas estão unidas pelos laços de amor que transcendem o complicado mundo em que vivem. Enquanto Maximiliano protesta pelo apelido de "Gatinho", ela começa a imaginar um futuro onde as inimizades se dissipem e novas amizades surjam. —Ah sim, eu me esqueci para que vim, Gatinho! —diz ela e se vira para Maximiliano—. Voc&ec
Cristal sentia como se cada palavra de Coral limpasse um pouco mais a névoa que havia coberto sua vida durante tanto tempo. Ao seu redor, a máfia italiana estava cheia de intrigas e rivalidades que ela não entendia. Sua única preocupação era seguir com seu verdadeiro amor. —Você quer dizer que ainda estou legalmente casada com meu Gerônimo? —perguntou, com o semblante realmente feliz, como se o que acabara de dizer a prima de seu marido fosse a informação que salvava sua vida. Maximiliano a olhou, agitada, e balançou a cabeça negativamente. Não podia negar que sua irmãzinha estava realmente apaixonada por Gerônimo, embora doesse admitir, e temia que ele a fizesse sofrer. —Bem, teriam que registrar o casamento aqui —esclareceu Coral ao ver sua alegria. —Já está registrado, meu marido fez isso!
Gerônimo olhou para seu tio, ainda surpreso por ele não ter o repreendido por tudo que havia acontecido e, muito menos, por ele não ter se irritado por ter se casado com a filha de um dos inimigos da família. —Sim, tio —respondeu com um sorriso—. Minha Agapy é filha do Greco, que foi dada como morta quando era criança. —Dada como morta? —Fabrizio olhou para ele sem entender e se sentou atrás de sua mesa—. Comece do começo. Eu lembro que haviam assassinado a filha deles, até um funeral fizeram. —Você se lembra de Domenico Vitale, o cara que queria que a tia Bianca fosse sua mulher? —perguntou Gerônimo, tentando trazer essa lembrança à memória de seu tio. —Claro que me lembro daquele degenerado! —exclamou Fabrizio de imediato—. O que ele tem a ver com sua esposa? Fabrizio franziu a testa, intrigado pela reviravolta surpreendente dos acontecimentos. A história que começava a se desenrolar diante dele era mais complexa do que ele havia imaginado. Gerônimo se levantou com determi
Gerônimo, sabendo que havia conquistado mais do que a aprovação de seu tio, sentiu-se renovado e pronto para enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho. Por isso, respirou fundo e respondeu: —Como eu te contei, ela tinha um nome falso na América, com o qual nos casamos, e seus pais a reinscreveram com seu nome verdadeiro. Devemos nos casar com esse agora —explicou, com a esperança de que ele o ajudasse a fazer isso. —Entendo —disse Fabrizio, sentando-se em frente ao sobrinho—. Qual é o papel de Luciano em tudo isso? —Ele é filho do melhor amigo do Greco; eles estavam prometidos desde crianças e agora quer obrigá-la a se casar com ele —explicou, mudando imediatamente para uma expressão furiosa—. Mas primeiro eu o mato, tio! Cielo é minha, minha esposa! O gesto decidido de Gerônimo não passou despercebido para Fabrizio, que observou a paixão ardente nos olhos do sobrinho. A situação no mundo mafioso era complexa, e os corações nem sempre seguiam o caminho mais fácil.
Asiri estava muito furiosa depois de encontrar Ellie na cafeteria. Se havia algo que a enfurecia, era ser usada.—Não posso acreditar que ela me fez fazer isso! Não posso acreditar! —exclamou ao entrar em casa e deixar cair sua bolsa com raiva sobre um sofá.—Do que você está falando, querida? —perguntou seu marido Salvador ao vê-la entrar incomodada. Ele se aproximou com a menina nos braços e deu um beijo—. Ou de quem?—De Ellie! —gritou furiosa—. Você sabe que ela me fez investigar a esposa desconhecida de Gerónimo?—Sério? —perguntou surpreso—. E como você percebeu que era ela, se ainda não a conhecemos?Asiri respirou fundo, tentando acalmar o turbilhão de emoções que a invadia. A presença de Salvador e de sua filha lhe oferecia uma âncora de paz, mas a ira ainda ardia em seu peito. Ela se sentou, tentando recobrar o controle, enquanto Salvador se acomodava ao seu lado, atento.—Porque Cecil estava lá —respondeu, bebendo água—. Ellie também a havia convidado, porque queria que eu
Asiri se aproximou e contemplou a imagem que seu amigo apontava. Torceu o rosto em uma careta; toda a irritação que sentia voltou de uma só vez. Respirou fundo por alguns momentos antes de responder. —Sim, é uma conhecida minha e uma louca apaixonada por Gerónimo. Acabei de estar lá, naquele café, com ela. Por quê? —perguntou, franzindo a testa. —Você conhece esse tipo? —continuou perguntando Darío, sem ainda responder. —Não, é a primeira vez que o vejo. Quem é? —quis saber Asiri, preocupada ao ver a expressão séria de seu amigo. Darío explicou que ele se chamava Jarret ou Sérgio; ainda não definiram qual dos dois nomes era o verdadeiro. Ele era o prometido de Cristal na América, a esposa de Gerónimo, e estava tramando algo com Ellie, a conhecida de Asiri. Ela se concentrou na imagem da câmera de segurança, onde eles apareciam conversando, enquanto perguntava: —Como você o conhece? Não consegue ouvir o que estão dizendo? —Não, o áudio não está funcionando —respondeu D
Jarret, embora aparentasse estar magoado com o que havia acontecido, poderia ser um aliado inesperado para Ellie em suas tentativas de separar Gerónimo de Cristal. No entanto, ela não podia confiar nele até que investigasse se era verdade tudo o que ele dizia. A desconfiança era um fantasma sempre presente, uma sombra que perseguia cada movimento e que definia suas vidas. —Por isso —disse Jarret, mostrando seu telefone com várias fotos dele ao lado de Cristal—, faz cinco anos que somos namorados e não quero perdê-la. Então, se você quiser recuperar seu namorado, talvez possamos colaborar. A cafeteria, testemunha silenciosa de confissões e revelações, era um lugar onde as palavras e os sentimentos fluíam livres, liberados das amarras impostas pela sociedade e pela máfia. O pacto tácito de verdade que Ellie estendia a Jarret era frágil. Em sua mente, o desejo de proteger o pouco que restava intacto se tornava um impulso poderoso. —O que você quer que eu faça? —perguntou Ellie, ven
Gerônimo saiu feliz do escritório de seu tio Fabrizio; nunca imaginou que não receberia um puxão de orelha pelo que havia causado no tribunal e na guerra, e muito menos que seu tio estaria disposto a fazer as pazes com os Grecos só por ele. Sentia que não conseguia conter sua alegria. Pensou que teria que lutar contra toda a sua família pelo amor de sua vida, até mesmo que poderia ser forçado a abandoná-los se não a aceitassem. Mas agora não apenas a aceitavam, mas o chefe da família iria ajudá-lo a se casar com sua Cielo. Ele pegou o telefone e ligou para Cristal, que respondeu de imediato.—Amor? —perguntou ela.—Sim, sou eu, meu Cielo. Acabei de falar com meu tio. Você não vai acreditar, amor, nem eu mesmo consigo acreditar ainda! —exclamou enquanto caminhava em direção a sua casa.—Que coisa? Tudo correu bem? —perguntou Cristal ao perceber a alegria na voz de seu esposo.—Mais que bem, querida. Mas, onde você está? Por que não sinto seu irmão com você? —perguntou Gerônimo preocupa