Enquanto caminho em direção a minha mãe para poder ampara- lá, ele vai ficar com os meus irmãos no fundo da sala.
Ao olhar para o meu pai no caixão, algo que eu havia evitado desde a hora que eu cheguei, sinto parte do meu coração se quebrar, uma dor incomensurável.
Lágrimas transbordam de meus olhos enquanto me debruço em seu corpo frio e rígido.
- Pai.. por favor me perdoe por não ter vindo antes. Me perdoe por não ter cuidado de você como o senhor cuidou de mim. Me perdoe por não ter lhe retribuido todo o carinho e o amor que o senhor me deu. Me perdoe por não ter sido a filha que o senhor merecia. Me perdoe por não ter dito todos os dias o quanto eu te amava. Me perdoe!
Enquanto as lágrimas escorrem abundantemente, sinto uma mão em meu ombro.
O que me faz levantar para olhar.
- Mãe.. eu falhei com ele. Eu falhei com o meu pai. Eu falhei com você.
Desolada ela me puxa para um abraço forte e afetuoso.
- Não meu amor, você não falhou com ninguém. - diz consolando-me - Você só estava