— Eles vão ficar ouvindo? Isso é de praxe? — ele olhou para Ketlin e o homem que entrara junto dele.
— Bem... Eu já encerrei a leitura da sua, senhorita — olhei para Ketlin. — Você pode ficar do lado de fora e aguardar, por favor? — agora pedi ao amigo dele ou seja lá quem fosse que entrou junto.
Os dois saíram e ficamos eu e o homem, olho no olho. Abaixei meu rosto e observei o relógio caríssimo que ele trazia no braço. O cheiro de perfume era bom e sobressaiu-se ao incenso.
— Você é muito criativo e concentrado — toquei numa linha qualquer da mão dele, sem imaginar qual fosse de verdade.
— Hum, me conhece de onde?
— Você deve saber que não nos conhecemos. Acabo de encontrá-lo. Ou seja, sou boa nisto — gabei-me.
— Você é relativamente jovem para ler mãos.
— Imaginou que encontraria uma velhinha na tenda?
— Confesso que sim.
Lembrei de Irma e imaginei que logo ela voltaria do banheiro. Tentei ser mais rápida:
— Sua linha do coração se une a da cabeça. Isso significa que você é muito i