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Contrato de Sangue e Magia.

De alguma forma que as criaturas do reino de Johan ainda tentavam entender, hoje, o céu estava claro... O castelo ainda sim mantinha o silencio, as nuvens ainda estavam la mas em menor quantidade, e toda a vegetação do reinado floresceu de fronteira a fronteira.

Dentro de uma ala separada do xamã do castelo, o vampiro rei, e varias outras pessoas, até mesmo os cozinheiros espiavam pelas cortinas, em quanto um homem alto, forte, e extremamente bonito de cabelos brancos e olhos dourados, deixava que magia ancestral percorresse suas mãos, tocavam a pele da bruxa que estava deitada em uma maca macia, ele tentava acordar a garota.

— Scar... Diz que pode fazer alguma coisa — Disse a Lua, que não saiu de seu lado de forma alguma.

— Eu ja estou fazendo feral, aguente-se, ela esta viva, apenas desacordada. — O rabugento anjo caido que era o xamã do castelo alertou.

— Ja faz 11 dias que ela não acorda... — Resmunga Lua.

— Seres que carregam magia naturalmente ja teriam acordado, mas a sua dona não tem esse dom, ela nasceu humana, se tornou portadora de uma magia poderosa e agora que se esgotou depois de tanto tempo sem usar, o que esperavam? É um milagre ainda estar viva. — Ele usa de um tom de repreensão.

Ele foi direto, serio, falava com dicção perfeita, suas runas em forma de pedras estavam pelo corpo da garota, ela respirava de vagar e sua expressão era serena, logo os outros se dispersaram...

— Podemos dizer que sim.. Eu vou sair... — Lua suspirou e então saiu, passando por Joham, saindo do local..

Depois de algum tempo, Johan foi deixado sozinho com ela. Ele se aproximou, tocou a ponta dos dedos sentindo a macies de sua pele, uma caricia lenta, preocupado, se sentou ao seu lado puxando uma banqueta de madeira arrumou seu cabelo cacheado, tocando suas ondas.

— Você é mais poderosa do que eu pensava... Trouxe o que nem era vivo de volta a vida... Quebrou a maldição dos meus vampiros, trouxe humanos de volta dos mortos, do reino de hades... Como poe ser possivel que você carregue tanta magia...? Como que isso não me importa tanto quanto você abrir os olhos agora?...

Ele sussurrava carinhoso, mais do que gostaria de ter esse carinho por ela, ele deveria mostrar posse e qualquer outra coisa, essa preocupação poderia ser sua ruina, ele se aproximou, tocando as presas num beijo no pescoço da garota, mas em seguida, tocou os labios no dela, depositando um beijo terno, se afastando, ele se assusta, a garota estava com os olhos abertos.

— Poxa.. Não ia dizer isso para mim não é? — Fraquejou a garota falando baixo.

Ela sussurrou, sorriu e riu sentindo certa dor.

— A... Você é cheia de surpresas não é?... — Ele acabou nem se afastando, e sorriu pra ela...

— Ele esta vivo?... — Ela perguntou baixo, ansiosa pela resposta.

— Você conseguiu... Mas agora teremos uma guerra para tramar... Você sabe onde se enfiou. — Ele disse tentando se manter firme.

— ... Vou poder estar do seu lado? — Ela observa de forma gentil, ainda sonolenta, e isso de certa forma quebra as muralhas do vampiro.

—... Para todo sempre em quanto eu estiver vivo. — Ele fez carinho em seus cabelos, tirando um fio de seu labio.

Quem tomou a iniciativa foi ele de forma feroz.

​Um sorriso lento e perigoso surgiu no rosto esculpido de Johan. Ele ergueu uma mão ate perto de seu pescoço, e Nadine instintivamente encolheu-se, esperando a dor pois estava desnorteada. Em vez disso, sentiu o toque gélido de seus dedos, que se fecharam em torno da nuca dela, firmes e possessivos.

​Ele a puxou para a frente, o movimento rápido negando-lhe qualquer chance de resistência. O contraste era violento nas sensassões: o calor febril de sua pele humana contra o frio cortante dele, como mármore congelado.

​— Você é minha Rainha. E eu a reivindico.

​Não houve suavidade no ato, apenas a tomada de posse. A boca dele pressionou a dela com a força de uma sentença. Foi um beijo seco, autoritário, sem romance, afinal ele não conhecia isso, mas carregado de uma eletricidade bruta que queimou as barreiras que Nadine tentava manter.

O gosto de metal e vinho escuro o acompanhava, e ela podia sentir a ponta afiada de seus caninos roçando seu lábio inferior.

​Johan não estava pedindo; estava dominando.

​A princípio, Nadine lutou. Suas mãos espalmaram-se contra o peito tenso do vampiro, mas o aperto dele em sua nuca era implacável.

Ela deveria odiá-lo, ele a sequestrou, deveria mordê-lo, deveria usar sua magia. Mas a proximidade, o poder inegável que irradiava dele, a paralisou. A resistência se quebrou em um suspiro trêmulo, carregado com certo cansaço e manha.

​Quando ela parou de lutar, a pressão mudou sutilmente. Os lábios gélidos se tornaram mais exigentes, aprofundando o contato. O beijo transformou-se de uma ameaça em uma tentação irresistível.

​Johan a estava marcando. Ele a beijava com a fúria e o desejo reprimidos de duas semanas de negação, lembrando-a, sem palavras, de que ela era dele agora, de que sua boca e seu corpo pertenciam ao predador que a havia capturado.

​Quando ele finalmente se afastou, seus olhos vermelhos fixos nos dela, Nadine estava ofegante e desorientada. Seu corpo tremia, não mais de medo, mas da faísca traiçoeira de desejo que o toque proibido havia acendido.

Por fim, os dois sorriram, e riram baixo disso.

O som do bastão do homem de antes batendo no chão assustou até mesmo Johan que estava concentrado.

— Vocês dois deveriam respeitar os meus cantos sabia disso?? — Esbravejou o rapaz.

Os dois se desvincilharam, Johan se afastou bem rapido. Arrumou a elegante roupa.

— Com certeza deve estar melhor majestade, agora vão em bora caçar oque fazer ou um quarto por misericordia. — Rosnou o anjo caido, que bateu as asas cinzas para afastar os dois.

— Certo certo desculpa!! — Ele rapidamente se afastou mas ajudou a menina a sair de cima da maca, os dois sairam do corredor.

---

Ainda naquele dia um pouco mais tarde.

Nadine vestia um traje simples, mas elegante, de couro preto, presente de Johan. Embora seu corpo estivesse recuperado, sua mente fervilhava com a loucura dos últimos dias. Não só seus poderes haviam retornado em uma explosão caótica, mas ela agora sentia uma conexão estranha e fraca com seu pai.

O Rei Benjamin estava sentado, silencioso, em um canto da Sala de Estratégia, seus olhos vazios, mas seguindo os movimentos de Nadine.

Ela havia curado seu corpo, mas sua mente estava presa em alguma névoa induzida por sua magia, talvez uma tentativa de recuperar algo.

​A sala estava repleta. Johan estava no centro, imponente, vestindo couro e armadura escura.

Lua e Carcará estavam ao seu lado, atentas, o corvo de mais cedo estava no topo de um mesanino.

​— A presença do Rei Benjamin garante a lealdade contínua de Faldonia. Sua "rejeição" ao Príncipe Taddeus será a base de nossa propaganda. — A voz de Johan era fria e calculista. — Taddeus agora é um regicida fugitivo, mas perigoso. Ele levou caçadores e a maioria da guarda de elite.

​Nadine deu um passo à frente, batendo a mão na mesa que continha um mapa detalhado dos reinos.

​— Taddeus não fugiu apenas para se salvar. Ele está indo para o Leste, buscar apoio dos Reinos Caçadores de Montanha, os inimigos mais antigos dos vampiros. Ele voltará com um exército, o objetivo dele é mentir e dizer que você matou o rei.

​Johan sorriu, um brilho vermelho nos olhos.

​— É por isso que não perderemos tempo. O casamento não é apenas uma formalidade política, Rainha. É o ato que sela legal e magicamente esta aliança, permitindo que eu mobilize minhas legiões sob a bandeira de Faldonia.

​Johan aproximou-se dela, parando perto o suficiente para que a troca de calor entre os corpos fosse sentida. Ele não perguntou se ela concordava; ele estava afirmando.

​— O casamento ocorrerá em três dias, ao pôr do sol.

​— Três dias? Não temos tempo para preparar nada decente! — Nadine protestou.

​— Não precisamos de decência. Precisamos de um contrato.

​Ele acenou para Carcará, que estendeu um pergaminho de pele de dragão. O documento era extenso e sombrio, detalhando não apenas a união política, mas as obrigações mágicas e a linhagem de sucessão.

​— O Contrato de Sangue e magia estipula que você, como bruxa da linhagem Belladona, sela a união. Se qualquer parte quebrar o juramento, a magia consumirá a parte infratora. — Johan pegou a mão dela e cravou a unha em seu dedo, fazendo uma gota de sangue quente surgir. — Você assina com o seu sangue, Rainha.

​Nadine hesitou, até se assustou. Olhou para o pai, inexpressivo no canto. Olhou para Lua, que balançava a cabeça ligeiramente em aprovação.

Ela sentiu o peso da coroa.

​— E as minhas condições? — Ela perguntou, a voz firme, apesar da mão trêmula.

​Johan inclinou a cabeça, divertido.

​— Você tem a minha atenção. — Ainda segurava sua mão sem deixar que a gota de sangue caisse.

​— Primeiro: A magia de Faldonia passa a ser usada exclusivamente para combater Taddeus. Segundo: Nenhum cidadão de Faldonia será usado como fonte de alimento para seus vampiros sem consentimento. Terceiro... — Ela respirou fundo, olhando-o nos olhos. — Eu marcharei na vanguarda. Eu sou a cura, e posso anular as defesas de meu irmão. Eu não serei uma rainha enclausurada e protegida, eu nunca fui desse tipo.

​A sala ficou em silêncio. Todos esperavam a fúria de Johan. Em vez disso, ele sorriu. Não o sorriso sedutor, mas um sorriso de predador satisfeito.

​— Aceito. Suas condições são sensatas, Rainha. Mas você terá a mim, não só como Rei, mas como seu Mestre de Guerra. Você me obedecerá em campo de batalha. Entendido?

​— Entendido. — A resposta veio rapida e fria.

​Nadine tocou o pergaminho com o dedo, misturando seu sangue prateado ao do selo. O pergaminho brilhou com um vermelho profundo. O contrato estava selado, ele se torna parte das tatuagens dela e de Johan, para sempre.

Davi Ricardo

Olá! Sintam-se a vontade para comentar sobre a obra, é a minha primeira vez escrevendo um livro desse tipo, então gostaria de saber como estou me saindo! Obrigado por ler até aqui, ainda tem muita coisa pra acontecer.

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