Desencontro.
Jhon
Ficamos acampados por quatro dias às margens do riacho. Quatro dias em silêncio, tentando encontrar em meio à mata o que sobrou de nós mesmos.
A água era limpa. O ar, puro. Os pássaros cantavam como se o tempo não tivesse parado para nós.
Não somos feitos de paz — não mais.
Mas depois de 1.142 dias de guerra, fome e dor, era a primeira vez que conseguíamos respirar sem olhar por cima do ombro.
Sentia a tensão ainda correr nas veias de meus homens, o instinto de matar adormecido sob a pele, à flor do toque. Mas havia uma serenidade temporária… frágil, porém presente.
Hoje, durante a reunião com meu beta e meu irmão, tomamos uma decisão.
— Está na hora de voltar.
Voltar para o lar.
Para nossas raízes.
E, no fundo… eu queria procurar por ela.
Não sabia seu nome. Não conhecia sua história. Mas os olhos dela…
A imagem pairava na minha mente como tatuagem na alma.
Seguimos viagem passando por vilarejos, um após o outro, sem parar em nenhum.
Acalteiamos divididas, cada uma