Sem ter uma pessoa com quem conversar, acabei ligando para Augusto, que em pouco tempo estava comigo, esperando.
— Como ela está? — perguntou assim que chegou.
— Eu não sei. A levaram para a cirurgia, mas até agora não deram notícias.
— E o seu braço? O que aconteceu?
— Eu forneci um pouco de sangue para ajudar. Eu... eu estou com medo, Augusto.
— Acha que foi um caso isolado? —- O velho mudou de assunto para me tirar do meu medo interior.
— Eu não sei, mas quero que a responsável seja punida, se não pela justiça, mas pela forma Djovig.
— Você tem certeza? — ele perguntou espantado. — Pensei que aboliria todos os atos clandestinos de seu pai.
— Eu também. Mas ainda que eu fizesse isso estaria sendo hipócrita. Amanda e eu ainda estamos aqui. Agora eu entendo porque ele os mantinha.
— Se eu não te conhecesse, rapaz, diria que sua obsessão pela garota é um tanto obscena.
Não era de todo uma mentira, mas eu não me importava. Sempre soube que nossa relação seria particularmente estranha q