Me chamo Heloísa e hoje vou te contar um pouco da minha história.

Então, vai lá, pega a pipoca e senta com as pernas para o alto que vou começar.

Conheci um cara na faculdade, ele era gentil, lindo, fofo e eu me apaixonei, me encantei pelo seu jeito e pela forma como me tratava, sempre com muito respeito e carisma. O nome dele é Rafael. Acabamos virando amigos, fomos nos aproximando e meu coração foi o desejando cada vez mais por perto, não sei se ele sentia o mesmo, mas um tempo depois ele me pediu em namoro. Ele sempre foi incrível comigo, eu o admirava.

Conheci o grupo de amigos dele e eram todos muito legais.

Um dia uma menina voltou pra cidade, o nome dela era Sofia, ela também era do grupo. Parecia ser um amor de pessoa.

Até que eu descobri que eles já tinham namorado e a propósito ainda se amavam. Descobri isso da pior forma, vi os dois se beijando em uma festa.

Aquilo partiu meu coração em vários pedacinhos. Mas eu não surtei e nem nada do tipo, as vezes tenho a certeza de que sou boazinha até demais com as pessoas.

Eu entendi o lado deles.

Ele fez de tudo pra não me magoar e por isso eu não consegui ter raiva dele, a única culpa que ele tinha era de amá-la e eu não podia julgá-lo por isso, não conseguia ser assim.

Ouvi uma conversa de Sofia com uma amiga dela e escutei quando ela disse que o amava mas que me achava uma ótima pessoa e que eu não merecia que fizessem isso comigo.

Então eu entendi que eu atrapalhava o amor deles e terminei com Rafael deixando o caminho livre e me desprendendo de alguém que não me ama.

No dia seguinte era casamento de uma das garotas do grupo, o nome dela é Juliana.

Sofia me convenceu a ficar na festa e curtir um pouco, e lá eu conheci um cara.

Eu estava sentada sozinha em um canto e de repente ele sentou na mesa e começou a Puxar assunto comigo. Lembro como se fosse hoje.

-Oi, você está bem?- ele pergunta

-Tô sim.- digo forçando um sorriso

-O que uma moça tão linda faz sentada sozinha?

-Só queria ficar um pouco longe de todo mundo.

-E por que iria querer isso?

-É complicado.

Ele me encarou por uns segundos e depois se levantou, estendeu a mão pra mim e sorriu.

-Será que me daria a honra de uma dança?

Ele tem o sorriso lindo.

Que mal tem eu dançar uma música com ele?

Foi o que pensei.

Mas o que eu não sabia é que me arrependeria muito por isso.

Durante aquela dança conversamos bastante e depois dela também.

Conversamos durante todo o casamento.

É claro que eu não ia entregar meu coração de bandeja assim tão fácil, não mesmo.

Na hora de ir embora ele pegou meu número e naquele mesmo dia quando cheguei em casa já tinha uma mensagem dele no meu telefone.

*Com toda certeza você era a mulher mais linda naquela casamento*

Sorri com aquela mensagem.

Talvez eu estivesse sendo muito idiota em dar o meu número para ele, mas poderíamos ser apenas dois bons amigos, era o que eu achava.

Iludida.

Começamos a conversar e só depois de dois meses que eu finalmente me senti a vontade para me entregar a isso.

Então nos vimos pela primeira vez desde o casamento.

E a partir daí começamos a nos ver sempre.

5 meses depois começamos a namorar e estava tudo indo perfeitamente.

Ficamos quase 3 anos juntos.

Muita coisa não é mesmo?

Claro que eu o amava.

Mas ele não sentia o mesmo, apesar de me dizer que me amava, depois que eu o peguei na cama com outra aquelas palavras não passaram de uma mentira. Porque quem ama não trai.

Ver aquela cena, ele completamente nú com outra em sua cama, aquilo acabou com meu coração de vez.

Eu não bati nele, muito menos nela, eu só queria sair de lá e foi o que eu fiz.

Mais uma vez sendo boazinha de mais e me odiando por isso.

Dirigi sem olhar pra trás e foi Sofia quem me ajudou. Sim, a mesma Sofia que ficou com o Rafael.

A propósito o nome daquele desgraçado que acabou com meu coração é André. Não que isso importe.

Naquele mesmo dia eu fui até Sofia, ela estava em uma festa que estava acontecendo na casa do seu chefe.

Ela me convenceu a entrar e eu fui para a cozinha, me sentei no chão e comecei a beber.

Tudo que eu queria era ficar bêbada na esperança que meu coração parasse de doer nem que fosse só um pouquinho.

E daí eu conheci ele..

Eduardo Collins

Ele me estendeu a mão e me levou para o telhado.

Nos deitamos nele e encaramos o céu.

E ali começamos uma bela, ou talvez não tão bela, amizade.