APOLO AMBROGETTI
Observo o bilhete deixado em um dos nossos galpões. Leio pela quinta vez, tentando encontrar algum detalhe que deixei escapar, mas tudo o que sinto é a raiva crescendo. Amasso o papel com força nas mãos, como se isso pudesse aliviar minha frustração.
Mas que cazzo!
— Quem será que está por trás disso? — questiona Ramsés, com o cenho franzido.
— Não sei, senhor, mas não acho que sejam estrangeiros. — responde Ethan, cauteloso.
— E não são. — afirmo, firme, e vejo os dois me encararem, esperando por mais. — São italianos. A única pergunta que resta é: qual famiglia?
O bilhete que encontrei dizia o seguinte:
"Meu caro, capo Apolo Ambrogetti, será um prazer tomar este lugar e ver sua querida família pagar por tudo. Que se iniciem os bons tempos e o fim da paz. Que as amizades sejam testadas e o sangue seja derramado."
O silêncio se instala por alguns segundos, pesado.
— O que faremos, capo? — Ethan pergunta, atento a cada palavra minha.
— Ainda não sei. — respon