Deus! O que eu posso responder a ela? Que vim para vê-la, mas terei que me afastar novamente?
A dor que sinto com seu relato é indescritível e mais uma vez o fantasma do medo volta a me assombrar.
—Eu não posso, Antony. Não consigo. Eu a amo demais. Você fala assim pois não deixou o amor de sua vida para trás.
Outro silêncio.
—Quem disse que eu não deixei? —Antony diz com o semblante sério. —Nessa cidade tinha uma mulher que eu amava muito. E eu deixei tudo para trás. Acho que ela até está casada agora. E eu, estou aqui, tenho tudo que sempre quis, como bem, durmo bem e me sinto útil. Estou forte, firme e bem.
Eu respiro fundo.
—E você? Não se arrepende por isso? Por ter deixado a mulher da sua vida para trás?
Antony nega com a cabeça.
—Não. Essa hora eu estaria lá, sentado na varanda de uma casa caindo aos pedaços, envelhecido, embrutecido, ignorante.
O encaro com o semblante bem sério.
—Eu respeito sua atitude, mas desculpe-me Antony, eu não sou assim. Muito mais que ambição me motivou a entrar para a família. Quando assumi isso, foi pensando em Kate. Para sair da minha cond