Amanda
Acordo com uma leve ressaca e a campainha atacando meus ouvidos.
Proferindo todo tipo de palavrão, visto a primeira coisa que encontro ― moletom e uma camisa de banda de rock ― e vou até a porta.
― Qual é o seu problema? ― vou logo gritando. Odeio acordar assim. As pessoas acham que a pressa resolve alguma coisa. Acho a pressa um desperdício de qualidade do tempo.
O ruivo ignora meu humor péssimo.
― Seus irmãos acharam que você estava morta porque estão te ligando e você não atende, sendo quase meio dia.
― Gracias pelo recado. ― Tento fechar a porta, mas ele passa por mim. ― O que foi?
― Eu acho que é grave. Quero saber se vai precisar de mim.
Até penso em retrucar, mas não acordo direito antes de um bom café.
― Enquanto você fala com eles eu faço um café. Sou bom nisso. ― Esse homem escuta pensamentos agora?
A palavra grave fica repetindo na minha cabeça enquanto ignoro o ruivo e vou até o quarto pegar meu celular. Várias tentativas de contato dos meus irmãos. Até mesmo alguma