O odor de sangue invadiu minhas narinas, a visão turva e uma tontura sufocante me fizeram depender das correntes que me erguiam em pé no meio da escuridão. A letargia dominou minha mente quando o vi.
O garotinho agora tinha seus cabelos loiros melados de sangue, as roupas alvas manchadas do mais puro carmesim, a cena tão irreal parecia tão real quanto sentir suas mãozinhas agarrando meus tornozelos. Os olhinhos verdes derramando lágrimas, o queixo tremendo era de partir o coração.
- Por que me matou, papa? - o choro ecoava na minha cabeça mais e mais alto - você prometeu que me protegeria com a mama. Por que deixou que eu morresse, papa? - sua doce voz se misturava com o choro e os gritos iniciavam - POR QUE ME MATOU, PAPA?!
***
Acordo num susto, me sentando rapidamente na cama e ligando o abaju na mesinha de canto. Suor cobria meu corpo todo, causando várias manchas na camisa e meu cabelo pingava, alertando que precisava de um banho gelado.
Tinha virado minha nova rotina após os pesa