Fátima se sentia como se estivesse no fundo do poço. Nem mesmo Elias queria ficar ali para a consolar, mas ela precisava de alguém. Alguém que a ajudasse e motivasse — aquele alguém a quem queria provar algo já há muito tempo, mas sempre falhou.
— Mãe... — disse já chorando ao abrir a porta do apartamento dela. Sabia que seria julgada com a mesma filosofia de sempre: os jovens não sabem amar, as mulheres de hoje não sabem ter paciência, a culpa era dela por Yahya ter desistido de tudo. Teve uma semana daquele sermão antes de voltar para a solidão da sua cobertura.
— Fatiminha... — a mulher chamou, tentando afastá-la para olhar seu rosto.
— Eu tentei. Juro que tentei. — disse, com o rosto encostado no peito da mãe, chorando.
— O que foi que aconteceu? — ela perguntou, surpreendentemente sem acu