O tapa não veio, pois Isla sabia se conter quando precisava. Mas o veneno em sua voz se espalhou. "Foda-se. Isso não importa." Ela inclinou levemente o rosto. "Você deu um passo mais perto dele. Talvez essa gravidez venha da forma tradicional, no fim das contas."
Delancy engoliu em seco.
A náusea subiu pela garganta, mas ela manteve a postura.
Isla virou-se com elegância teatral, os cabelos batendo contra o ombro, e caminhou de volta para a entrada da casa como se tivesse acabado de fazer um negócio.
Delancy caminhou de volta para dentro da casa, que naquele momento parecia mais silenciosa do que o habitual. Fazia poucos dias que ela estava trabalhando ali, mas a menina já sabia que aquela casa era silenciosa.
Ela prendeu o cabelo ainda úmido, após o banho que tomou pela manhã, num coque improvisado, o elástico frouxo escorregando entre os dedos. Seguia pelo corredor, distraída, a cabeça ainda fervendo com as palavras de Isla, quando esbarrou em um corpo… maior, sólido, completamente