15. A Tranquilidade do Fim do Mundo

A sensação era muito estranha. As garotas riam, se divertiam, brincavam nas construções de água que criamos. Ao mesmo tempo, aproximadamente metade do nosso povo ainda estava do outro lado. Estavam presas, paradas no tempo, diante do fim do mundo. Mesmo sabendo que iríamos buscá-las, algumas não conseguiam entrar na diversão. A maior parte do grupo das Gigantes tinha ficado para trás e as que vieram estavam muito preocupadas.

- Eu vi uma grande explosão, Emma - dizia Condera, uma das gigantes. - Quero muito que todas cheguem aqui. Mal posso imaginar que dificuldades podem enfrentar se morrerem e forem para outro inferno.

Percebi que Creteas era uma das que não conseguiu nos acompanhar. Por um instante fiquei preocupada. Mas era preciso que Athos estivesse melhor e o seu tempo de recuperação também permitia que as outras pessoas envolvidas no desenvolvimento do planeta continuassem seu processo de criação. Não tínhamos outra alternativa, senão, esperar e, porque não, aproveitar
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