Emmy ZackEu comecei a rir, sem conseguir controlar a raiva me consumindo, era a incredulidade, o absurdo daquela noite. Mas não recuaria..— Você está com muita raiva, não está? — Matteo murmurou, os olhos escurecendo como um prenúncio de tempestade. — Eu mandei você sentar, Emmy.Mordi o lábio com força, o gosto metálico do sangue misturando-se ao sabor amargo da raiva.Alec se moveu na cadeira, um impulso protetor nos olhos, mas Matteo explodiu antes que ele pudesse se levantar:— Fique onde está, porra! — o rugido dele fez a madeira da mesa vibrar. — Eu vou resolver essa merda!O salão parecia pequeno demais para conter aquela tensão esmagadora. O fogo da lareira lançava sombras dançantes pelas paredes, como se o próprio templo temesse o que viria.— Como? — desafiei, a voz elevada, trêmula de fúria.Matteo apoiou ambas as mãos na mesa, se inclinando para frente.Seus músculos, perfeitamente delineados sob a camisa justa, pareciam prestes a rasgar o tecido. Chase e Matteo sempre
Emmy ZackA mão de Matteo repousava sobre minha perna, os dedos se movendo com lentidão, em carícias que não pediam permissão. Era como se ele quisesse marcar presença, afirmar uma posse silenciosa.Ninguém se opunha as ações dele, ninguém achava estranho. Como se o gesto já fosse parte da nova ordem à mesa.Ele só interrompia o toque para puxar meu prato com delicadeza determinada.— Coma. — Sua voz era baixa, mas carregava uma firmeza inquestionável. Era uma ordem disfarçada de cuidado.A tensão entre nós era densa como o ar antes da tempestade. Forcei-me a retomar a refeição, embora cada garfada me pesasse como pedra. Arrepender-se de ter organizado aquele jantar era pouco, eu me sentia uma prisioneira dentro de minha própria tentativa de normalidade.Matteo não era mais o mesmo. Ou talvez ele sempre tivesse sido assim, afinal de contas eu não o conhecia. O olhar dele estava opaco, endurecido por algo que eu não conseguia nomear. Talvez fosse desejo, talvez poder — ou uma mistura p
Emmy ZackE então eu compreendi.Matteo havia tomado o controle.Não soube quando começou, tampouco por quanto tempo aquilo duraria. Mas estava claro como o silêncio cortante entre nós: ele assumira o comando da sala, da situação… de mim. E não havia hesitação em seus olhos — apenas aço temperado, impiedoso, fervendo com uma mistura brutal de fúria contida e desejo abrasador.A atmosfera da torre Malac’h parecia se curvar ao redor dele. As sombras pareciam mais densas, o ar mais espesso, como se o próprio edifício ancestral reconhecesse sua presença e respondesse a ela.Uma parte de mim gritava, visceral e primal, implorando para correr. Aquela parte queria escalar as paredes, desaparecer nos corredores como uma fera em fuga.O instinto berrava para que eu evitasse o olhar dele — o azul agora enegrecido, cortante como vidro, que me fitava como se eu fosse a resposta e o castigo. Como se ele estivesse diante da própria salvação... ou maldição.Mas havia outra parte.Aquela que estava e
Matteo FieldsMeu lado humano morreu naquela noite.Foi Zayn quem me empurrou para o abismo, quem quebrou o que restava da minha contenção ao forçar minha transformação. Mas foi Emmy — com seus lábios trêmulos e olhos cheios de algo que ela não compreendia — quem esvaiu o que ainda existia de alma dentro de mim.Quando ela me beijou naquela noite, o vínculo se tornou um laço apertado. Não mais um fio tênue de desejo, mas correntes invisíveis que serpenteavam pela carne, prendendo minha essência à dela… e aos outros.Talvez, para Emmy, tudo o que aconteceu naquela noite parecesse um surto de insanidade. Talvez ela visse em meus olhos o mesmo reflexo que os outros temiam. Mas não era loucura. Era desespero.Eu já a observava antes mesmo do jantar. O ar estava denso, carregado da tensão não dita entre nós, o tipo que consome antes de explodir. Esperava — implorava em silêncio — que ela me tocasse. Que afrouxasse o nó invisível que me puxava com força sobrenatural até ela.Me aproximei com
Matteo Fields Afastei-me apenas o suficiente para observá-la melhor. A mão de Emmy se movia timidamente sobre mim, como se ainda tentasse entender onde estava se metendo. Seus dedos hesitavam, mas não recuavam. O toque era delicado, quase reverente. Seus olhos brilhavam com uma mistura de curiosidade e excitação. As bochechas coradas entregavam o conflito que fervia sob sua pele. Os lábios, entreabertos, tremiam levemente na expectativa. — Agora... a boca — murmurei, sem suavidade. Minha voz soou crua, carregada de desejo. — Devagar. Ela fechou os olhos por um instante, respirando fundo, como quem se prepara para atravessar uma fronteira sem volta. E então, inclinou-se. A ponta da língua tocou a cabeça do meu membro — quente, curiosa, inocente. A reação foi imediata e brutal: o prazer percorreu meu corpo em um espasmo quase doloroso. — Isso... Maldita seja, Emmy... — grunhi, jogando a cabeça para trás. Minha mão encontrou o caminho até seus cabelos, entrelaçando os dedos entre o
Matteo FieldsMinhas mãos percorriam o corpo de Emmy estudando-a pela primeira vez, conhecendo cada curva, cada suspiro que ela solta quando a toco. Beijei sua barriga com devoção lenta, subindo aos poucos. Era como se cada centímetro da pele dela me pertencesse — ou, ao contrário, como se eu fosse prisioneiro de cada fragmento seu.Então, as vi.Cicatrizes.Garras haviam se cravado em sua cintura e quadris, traçando linhas tortas e profundas como uma lembrança viva de descontrole. Uma memória impressa em carne.Meus lábios pararam ali. Beijei cada uma delas com reverência. Me inclinei ainda mais e as lambi — não pelo desejo, mas por um instinto mais primitivo, protetor, possessivo. Como se pudesse apagar a dor com minha língua.— Isso doeu? — sussurrei contra sua pele, tentando controlar o tremor na voz.Um sussurro escapou dela, quase perdido na maneira dificultosa que respirava.— Não doeu na hora... — murmurou. — Só um pouco depois.Acariciei as marcas com os dedos, como se pudes
Emmy ZackO impacto da investida de Matteo me arrancou o fôlego. Foi brutal. Profundo. Quente. Tão intenso que meu corpo demorou mas se arqueou após algumas investidas, o grito preso em minha garganta me obrigou a afastar os lábios do membro de Chase.Ele não se moveu. Apenas observou.Os olhos fixos nos meus, dominadores, famintos — como se assistir à minha rendição fosse mais prazeroso do que qualquer toque. Seu olhar me invadia tanto quanto o corpo de Matteo, que me segurava pela cintura como se quisesse me moldar com as próprias mãos.— Você vai aguentar — a voz de Chase era uma promessa afiada, fria e impiedosa. — E depois dele... será a minha vez.As palavras me rasgaram como um feitiço. Cruas. Quase cruéis. Mas meu corpo respondeu antes que eu pudesse lutar. Os pelos da nuca se eriçaram, e minha pele formigou com antecipação.Segurei seu pau novamente, querendo senti-lo em minha boca, querendo me entupir de ambos, de todos os lados. Mas ele afastou minha mão co
Emmy ZackO tremor pós-orgasmo ainda me dominava, minha pele arrepiada, os músculos fracos, a respiração descompassada. Foi então que Matteo saiu bruscamente de dentro de mim, e antes que eu pudesse sequer protestar, puxou-me pelos cabelos com força, me obrigando a erguer o rosto.— Abra a boca — ordenou com aquela voz gutural, cheia de posse, grave o suficiente para me arrepiar por inteira. — Vai engolir tudo. Me entendeu?Assenti com os olhos, o coração batendo no ritmo do caos.Abri a boca para ele, recebendo seu pau quente e pulsante entre os lábios ainda trêmulos. Minhas pernas mal me sustentavam, mas minha boca sabia o que fazer. Chupei com força, firmeza, sentindo o gosto da minha própria excitação ainda ali, misturado ao sabor dele, cru e selvagem.Minha boceta ainda latejava com as estocadas anteriores, mas agora, era a minha boca que se tornava o centro de tudo. Matteo gemia alto, a mão enlaçada no meu cabelo como se quisesse me manter ali para sempre.— Puta que pariu... —