Algumas semanas se passaram e nem a sombra de Etore eu vi, é como se ele tivesse sumido no mapa. Mas tudo bem, eu já sabia que isso iria acontecer.
Me assusto ao ver Zarina na minha sala, ouvindo tudo o que ela disse sobre a gravidez. Se meus pais descobrirem, tenho até medo do que farão com ela.
Preciso pensar, preciso colocar a cabeça em ordem antes de tomar qualquer decisão. Deixei Zarina no sofá enquanto fui procurar Élise pela casa.
A encontrei no jardim. — Oi, sei que é pedir demais à senhora, mas minha prima pode dormir aqui por essa noite? — Pergunto com medo de sua reação.
— Malia, eu não sei o que meu filho vai pensar sobre isso, acho que ele não gostará. Te aconselho a falar com ele antes.
— Como se ele se importasse? — Acabo falando mais alto do que gostaria.
Saio de perto da senhora sentindo-me irritada, mas resolvo seguir o conselho dela. Pego o telefone e procuro o número na agenda, salvo como “Capiroto”. No primeiro toque, ele atende.
— O que Zarina está fazendo aí? —