Capítulo Seis

Tristan

A expressão de pura dúvida passa pelo seu rosto, ela está completamente dividida em me dizer não ou fazer provavelmente a maior loucura da sua vida. Se fosse qualquer outra pessoa eu perguntaria seu preço e tudo estaria resolvido ao meu favor, mas conhecendo Grace se eu tocar na palavra dinheiro a única coisa que acontecerá é ela se ofender, então por isso espero calmamente que ela tome uma decisão.

– Será apenas por sete dias? – Aceno – E será apenas para me apresentar para sua família não precisará de provas que somos um casal ou nada disso, certo?

Ouch! Minha garota adora chutar meu ego, ainda bem que sou um homem suficientemente confiante ou minha autoestima estaria sendo pisoteada agora.

– Baby, minha mãe ficará tão feliz com você lá que provavelmente você não chegará perto de mim nesses sete dias.

– O senhor tem certeza que minha irmã pode ir conosco?

– Claro! – Quando ouço o suspiro e depois o silencio enquanto ela me olha, antes mesmo que ela consiga dizer as palavras sei que a convenci, estou guardando meu sorriso de vitória quando Grace estica o braço até o centro da mesa.

– Tudo bem Mrs. Sullivan, eu posso ser sua namorada de mentira até o natal.

Eu agarro a pequena, delicada e quente mão na minha selando não apenas minha proposta para ela, mas se eu tiver sorte o começo da nossa historia juntos, esses sete dias serão tudo o que eu preciso para conquistar minha garota. Esperei por mais de um ano para ter minha chance de jogada e agora que tenho essa oportunidade só a soltarei quando tiver a mulher que eu quero ao meu lado, minha virada de jogo. Soltando minha mão vejo Grace passar a mão nervosamente pela calça azul marinho então me olhar com um pequeno sorriso.

– Eu precisarei falar com minha irmã ainda, eu só posso ir se ela aceitar ir conosco, eu não posso passar o natal longe dela.

– Isso não é um problema, fale com sua irmã – Dou mais um sorriso para ela incapaz de esconder o quão feliz eu estou, nunca estive tão perto de ter o que quero – Se ela não puder ir conosco uma semana antes, ela pode pegar um voo alguns dias depois e passar a véspera e o natal no Texas, diga ela que não precisa se preocupar com as passagens tudo será por minha conta.

Grace acena, posso ver que ela tem milhões de dúvidas ainda rondando sua cabeça, mas se contem enquanto sua energia nervosa ronda nós dois.

– Eu já posso ir Mrs. Sullivan?

– Sim, querida. Obrigada por fazer isso por mim

Grace acena uma ultima vez e com seu copo de café ainda em mão se vira e sai apressada do meu escritório, sei que ela está completamente confusa com esse pedido e provavelmente só está o fazendo porque é uma grande funcionária, mas com o tempo ela entenderá tudo e isso acontecerá com ela ao meu lado, dormindo em minha cama todas as noites e acordando em meus braços todas as manhãs.

Depois de minha conversa com Grace passamos o resto do dia presos em nossos afazeres, só consigo um relance da minha garota na hora do almoço quando ela traz o meu pedido, com a viagem já em cima, dentro de uma semana e os projetos em andamento, temos que colocar tudo em ordem para que possamos passar os dias no Texas sem muitos contratempos, sei que mamãe expulsará qualquer um da mesa se algum de nós atrevermos a atender um celular sobre trabalho.

Por volta das cinco e meia estou pronto para ir para o meu apartamento, provavelmente me atolar em mais trabalho, mas depois de um banho e provavelmente largado em minha cama com roupas confortáveis. Quando passo pela mesa de Grace ela já não está mais lá, mas há um post it colado na tela da sua mesa com instruções para alguém que faz a limpeza ter cuidado com sua planta, há também um agradecimento fofo com corações e um “Feliz mês do natal” eu rio sem poder esconder o quão acho minha garota totalmente adorável, tudo o que ela faz deixa meu coração que há um ano não estava nem perto de morno, esquentar de uma forma que todas as minhas entranhas se retorcem, me fazendo fazer coisas idiotas como sorri para um papel amarelo preso na tela de um computador. Meus irmãos encheriam a porra do meu saco se soubesse como estou caído por essa garota que máximo que cheguei próximo foi para apertar sua mão para fechamentos de acordos.

Pego o elevador e segundos depois estou fora da Sullivan Consolidated indo direto para o meu carro já estacionado ao lado do meu prédio, mas meu caminho é totalmente mudado de rota quando meus olhos caem em minha adorável assistente olhando para seu celular como se ele fosse à resposta para todos os seus problemas, parada na calçada com um dos braços ao redor do corpo que está coberto agora por um casaco preto e longo.

– Grace? – Faço meu caminho até ela que se vira ao ouvir seu nome. – Achei que já tivesse ido para casa. Tudo bem?

– Sim Mrs. Sullivan – Ela sorri – Estou planejando ir a uma fazenda de árvores, comprar uma para o natal.

– Você não passará o natal aqui – Olho-a confuso – Esqueceu? Texas

– Ah isso, como se eu pudesse esquecer que daqui alguns dias eu serei a namorada do meu chefe que se parece como você – Ela suspira fechando os olhos por um breve momento provavelmente se arrependendo das palavras que deixou escapar totalmente para o meu divertimento, estou feliz que ela gosta do que ver.

– Que se parece comigo? – Claro que não vou deixar passar.

– Hum? – Ela morde a bochecha nervosa – Eu estou indo comprar uma árvore mesmo assim, seria estranho não decorar minha casa ainda mais que ela é nova... É meio que tradição – Ela aponta para a blusa com renas – Senhor sabe, fã do natal e tudo mais.

– Porque você está aqui, baby?

– Esperando um taxi, o meu foi cancelado de ultima hora, agora preciso procurar outro e ir para o outro lado da cidade... Provavelmente eu deveria ir para casa e tentar isso de novo amanha

– Eu te dou uma carona até a fazenda – Vendo mais oportunidades de me aproximar dela tudo o que eu posso é agarrar, é quase como um instinto sempre buscando alcança-la agora mais do que nunca.

– O senhor não precisa fazer isso, a fazenda é do outro lado da cidade, o senhor já estava indo para casa Mrs. Sullivan e eu não vou tira-lo do seu caminho

– Vamos lá querida – Me viro de lado em direção ao meu carro estacionado e espero que ela dê um passo à frente – Eu pedir um favor que obrigará que você saia da cidade e minta para pessoas que você nem conhece, te dar um carona até uma fazenda de arvores é o mínimo que posso fazer.

– Mrs. Sullivan

– Grace – Meu tom não abre brechas para discussões e eu acho que ela percebe isso. Garota espera!

Ela suspira e caminha em direção ao carro enquanto a sigo logo atrás, chegado ao lado do meu carro abro a porta para minha garota e ela entra sem um segundo olhar, com um sorriso de contentamento brotando em meus lábios bato a porta e contorno o carro entrando em seguida.

– Eu nem tenho um machado – Ela murmura enquanto eu dou partida no carro me fazendo ri. O quanto tempo eu não rio e sorrio tão involuntariamente?

– Porque você precisaria de um machado, baby? – Pergunto a vejo se contorcer, ela faz isso toda vez que uso meu novo apelido com ela – Coloque o cinto.

Com o meu comando Grace faz em silencio e só fala depois que termina

– Eles deixam que você corte sua própria árvore.

– E você quer fazer isso? – Pergunto passando os olhos por seu corpo pequeno em roupas de trabalho e mãos delicadas.

Ela dar de ombros – Seria divertido.

– Muito divertido – Murmuro – Então vamos comprar sua árvore doce Grace.

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