Letícia não se abalou com a provocação. Pelo contrário, voltou a estender a mão, tentando esbarrar de propósito em Gabriel. Mas, desta vez, ele conseguiu se esquivar com agilidade.
— Ora, Sr. Gabriel, que exagero o seu... Ou será que o problema é físico? — Comentou Letícia, elevando um pouco a voz. — Tsc, tsc… Impotência é um defeito fatal. Aposto que as damas desta noite vão todas manter distância do senhor.
As palavras, ditas em tom mais alto, fizeram com que várias pessoas ao redor se virassem para olhar.
Gabriel cerrou o punho, o rosto sombrio, e lançou a ela um olhar fulminante. Disse entre os dentes:
— Continue espalhando boatos e não me culpe pelas consequências. Não pense que, só por ser irmã do Eduardo, vou ter receio de lhe dar uma lição.
— Ah, mas eu não me escoro no nome do meu irmão. — Retrucou Letícia, desdenhosa.
— Sozinha? Você acha mesmo que tem... — Gabriel soltou um riso frio.
— Eu me apoio na minha melhor amiga, Beatriz. — Interrompeu Letícia, com um sorriso leve.
G