Temendo tanto ferir a irmã quanto assustá-la, Renato recuou dois passos. Limitou-se a fitá-la, os olhos tomados de ternura e calor.
— Obrigado por me perdoar. Eu juro que, daqui em diante, nunca mais vou fazer nada que possa te machucar. — Disse, com a voz embargada pela emoção.
Beatriz o encarou e, aos poucos, um leve sorriso se desenhou em seus lábios.
No fundo, Renato jamais a tinha ferido diretamente. Aqueles assassinos haviam sido contratados por Vitória. Era verdade que ele a encobrira, mas porque acreditava estar protegendo alguém que considerava próxima.
Além disso, Renato oferecera uma compensação milionária e assinara um acordo formal. Para Beatriz, estava claro que ele nunca tivera a intenção deliberada de lhe fazer mal.
O tempo passou em silêncio dentro do quarto, até que o Sr. Henrique se levantou para ir embora. Renato o acompanhou até o corredor.
No lado de fora, o mais velho comentou:
— Você realmente só vai deixar a Vitória na prisão? Com tantos crimes, aquela mulher m