— Esta água não tinha veneno, mas a senhora realmente tomou a água adulterada ontem. — Disse a secretária.
— Quem foi? — Renato falou com a voz rouca, mas o tom era cortante e aterrador.
— Foi a Vitória. Ela subornou o dono deste hotel, conseguiu o cartão do seu quarto e se escondeu lá, pronta para… Forçar você. — A secretária pronunciou as últimas palavras quase como um sussurro de mosca.
Mal terminara de falar, ouviu-se um baque forte que fez o estrado da cama ranger duas vezes.
A secretária estremeceu ao ver o patrão cerrar o punho e golpear a cama, as veias do braço saltando como cordas tensas.
Acabara de despertar e já mostrava tanta força. Em outro dia, teria partido a cama só com aquele golpe.
— Aquela Vitória já foi presa. O presidente não a matou, deixou-a viva para que o senhor a interrogasse. — Apressou-se a dizer a secretária.
Renato tentou levantar-se. O rosto dele estava tão escuro quanto uma tempestade no mar, nuvens carregadas anunciando um temporal de ódio.
Porém, os e