O Sr. Luciano e a Sra. Lorena dirigiram-se a Letícia, pedindo desculpas e garantindo que assumiriam toda a responsabilidade.
— Não precisa, Sr. Luciano, Sra. Lorena... Eu não tive nenhuma perda maior, meu irmão chegou a tempo. — Letícia, apressada, abanou a cabeça.
Priscila observava a filha com o coração apertado. O batom borrado, o penteado desfeito e o corpo coberto apenas pelo paletó de Eduardo... Aquela cena gritava que ela havia sido gravemente violentada, muito diferente da leveza com que Letícia insistia em falar.
Com a mão trêmula, Priscila tentou puxar o casaco para ver por baixo. Mas Letícia agarrou a roupa com firmeza:
— Mãe, foi só a roupa que rasgou, eu juro, não houve nada além disso!
Priscila a fitava com desconfiança. Letícia, nervosa, elevou o tom:
— Em tão pouco tempo, o que poderia ter acontecido? E por que eu brincaria com a minha própria honra?
Depois, baixou a voz de repente e se inclinou para sussurrar ao ouvido da mãe:
— Não tente usar isso pra obrigar o Renato