Eduardo permaneceu parado, mas não voltou a discutir com a mãe. Sentia que, naquele momento, ela já estava fora de si, irracional e obcecada.
Que absurdo era aquele? Primeiro, insistia para que Letícia ficasse de bem com Vitória. Depois, dizia que ele e Beatriz jamais poderiam ficar juntos.
Entre ele e Beatriz, na verdade, não havia absolutamente nada.
Eduardo fechou os punhos e seguiu em direção à estrada que levava para fora da mansão. Porém, conforme caminhava, as palavras da mãe ecoavam em sua mente, despertando nele uma irritação cada vez mais sufocante.
Ele não sabia dizer se o que o incomodava era a desconfiança infundada dela, ou a ganância desmedida, ou se…
De repente, a imagem de Beatriz surgiu diante dos olhos.
O sorriso educado, o distanciamento frio, o olhar indiferente que parecia enxergar o mundo com desdém… E também a lembrança dela deitada no leito do hospital, frágil, pálida, quase sem vida.
Uma onda de inquietação tomou conta dele. E piorava ao lembrar que, da noite