— Sr. Eduardo, de que adianta perguntar só à Beatriz? Se tem coragem, abre a porta do carro! — Disse Daniel, ao notar a expressão constrangida dela.
Eduardo não abriu. Pelo contrário, acionou a trava da porta. A menos que Beatriz se levantasse e pulasse para fora, não havia como sair.
Quando ela ainda buscava uma resposta, a situação conseguiu piorar.
Do portão do estacionamento, saíram mais dois carros. Eram nada menos que o chefe direto dela, Murilo, e outro líder do departamento.
A princípio, os dois nem perceberam a presença de Eduardo. A Lamborghini, com a carroceria baixa, ficava escondida no ângulo cego. O que viram primeiro foi o carro de Daniel e, ao reconhecerem, acenaram.
Mas, ao olharem mais de perto, através das três camadas de vidro, distinguiram Beatriz sentada no banco do passageiro… E, ao volante, ninguém menos que o Sr. Eduardo, com o modelo mais novo e chamativo de carro esportivo.
— Boa noite, Sr. Eduardo. — Cumprimentaram os dois, apressados.
Seus olhares, no entan