Eduardo ouviu e perguntou:
— E o que você disse?
— Dei uma enrolada, claro. Falei que você já tinha sido recusado uma vez, então seria óbvio que aconteceria de novo. Depois reforcei que fui eu quem comprei. — Respondeu Letícia.
Eduardo ficou em silêncio por um instante, sem acrescentar nada.
Se fosse ele a dar o presente, Beatriz de fato não aceitaria.
Era humilhante: ter de depender da mão de outra pessoa para entregar algo, de maneira escondida, como se fosse algo vergonhoso, incapaz de ver a luz do dia.
Naquele momento, no último andar do Grupo Pereira.
— Beatriz chegou bem em casa? — Perguntou Gabriel a Rafael.
— Sim, senhor. Os seguranças a acompanharam até a entrada do condomínio e confirmaram que ela entrou. — Respondeu Rafael.
Gabriel escutou, mas ainda assim não se sentia tranquilo. Afinal, mesmo com os homens enviados pelo avô para protegê-la, eles não podiam entrar no condomínio.
E a segurança daquele lugar não era nada rigorosa. Um criminoso poderia muito bem encontrar uma