Naquele momento, no salão do andar de baixo.
Vitória desceu acompanhada de Renato, com o coração tomado por uma raiva difícil de conter.
Como assim só tinham lidado com aquele Enzo? E aquelas vadias da Júlia, ninguém ia punir?
Além disso, o Enzo ainda saíra barato demais... Se fosse por ela, deveria ter levado uma surra de verdade, com direito a bofetadas de sola de sapato no rosto. Só assim daria para aliviar a fúria.
— Ah, é verdade... Você não tinha vindo buscar suas coisas? Conseguiu? — Perguntou Renato de repente, lembrando-se do motivo.
— Não. — Respondeu Vitória, abatida, com o semblante carregado de frustração e tristeza. — Elas me disseram que minha estação de trabalho já tinha sido toda esvaziada, e que minhas coisas tinham ido parar no lixo...
— “Elas”? — Quis confirmar Renato.
— Minhas ex-colegas de trabalho. — Respondeu ela.
Renato apertou os lábios.
— E o que você queria pegar? Era algo importante? Documentos, talvez? — Perguntou ele.
— Não eram documentos de identidade,