— Vi. — Quando o assunto anterior chegou ao fim e a garota parou de falar, Renato tomou a iniciativa de chamá-la.
Vitória levantou o olhar. O sorriso feliz que iluminava seu rosto congelou no instante em que ouviu as palavras do irmão.
Seu corpo enrijeceu, o coração apertou e, logo, recorreu ao recurso que nunca falhava consigo mesma: chorar.
— Mano… Foi você que contou para o papai e a mamãe? — Perguntou entre soluços.
Ele não tinha prometido que não diria nada sobre o que acontecera com ela no exterior? Por que, então, voltava atrás agora?
— Não fui eu quem contou. — Respondeu Renato.
Vitória deixou as lágrimas escorrerem, encarando-o com olhos marejados. Renato, com o coração despedaçado, estendeu-lhe um lenço.
— Foram eles que investigaram por conta própria. — Explicou ele. — Tudo começou porque a família Pereira exigiu garantias de segurança para a ex-mulher do Gabriel. E como você já havia sequestrado a Beatriz, nossos pais ficaram desconfiados.
— Daquela vez eu errei… — Vitória