Daqui pra frente, é sério: nada de provocar ninguém.
Uma zoeira mal calculada e vinham logo duas bombas, uma irônica da Beatriz, outra na lata da irmã. Dupla fatal.
Perto do fim do expediente, Gabriel se lembrou do recado do mordomo: passar no hospital para visitar o avô.
Mesmo que o velho tivesse passado a tarde inteira detonando ele sem dó.
Na agenda, não havia mais reuniões naquele dia, mas ainda recebeu alguns executivos que vieram atualizar projetos. Naturalmente, notaram o hematoma roxo no rosto do Sr. Gabriel.
Foi o suficiente para alimentar ainda mais os boatos nos corredores. Afinal, quem é esse sujeito capaz de deixar o Sr. Gabriel nesse estado?
A curiosidade sobre a identidade do oponente crescia como fogo em mato seco.
No hospital, o mordomo já o esperava na recepção do andar de internação. Ao vê-lo de perto, levou um susto com o estrago.
— Sr. Gabriel, meu Deus! Que ferimento é esse? Foi o Sr. Renato que fez isso? — Perguntou, cheio de preocupação.
— Sim. — Gabriel assenti