Ao ouvir Renato apontando o dedo em sua cara, como se estivesse num pedestal moral, Gabriel não aguentou mais.
A acusação de covarde, de fraco, de canalha...
Explodiu.
— Você não sabe de nada! Quem é você pra me julgar?! — Gritou, com o rosto já vermelho, o pescoço tenso de raiva. — Você acha que sabe da minha vida? Acha que entende o que eu vivi?! Meu pai traiu minha mãe! Fez ela morrer de desgosto! E teve um filho com a amante... Um bastardo que só é UM ANO mais novo que eu! E você queria o quê?! Que eu virasse as costas e deixasse esse desgraçado assumir o controle do Grupo Pereira?! Você teria essa frieza? Você deixaria barato?! VOCÊ CONSEGUIRIA ENGOLIR ISSO?!
A dor, o ódio e a frustração tomavam conta da voz de Gabriel, que tremia.
— Você é filho único, teve um pai fiel, uma família inteira voltada pra você! É fácil falar do alto da sua zona de conforto! Mas você não pode me crucificar! Naquela época, eu tinha acabado de me formar! Era só um garoto sendo pressionado de todos os la