Sérgio só queria garantir que Gabriel não encontrasse brechas, que ele não conseguisse, de forma alguma, conquistar o apoio do conselho com aquelas manobras sujas e ardilosas de sempre.
Enquanto o banquete seguia animado, do outro lado da cidade, Gabriel já havia deixado o local e voltado para a empresa.
Estava visivelmente abatido, e Rafael pôde perceber isso com facilidade.
Na hora do almoço, ao perguntar o que iria pedir, Gabriel apenas respondeu que não comeria nada.
— Sr. Gabriel, — insistiu Rafael com cuidado. — Da última vez pedi comida da Cantina do Nino. O senhor devia comer um pouco... Precisa cuidar da saúde.
Gabriel não respondeu.
Ficou parado diante da janela, com o olhar vazio, encarando o nada.
Rafael soltou um suspiro silencioso.
Sabia muito bem o motivo daquilo tudo.
O que acontecera no banquete daquela manhã já tinha se espalhado por todo o círculo social.
Sr. Henrique tentara ligar para Gabriel várias vezes, mas ele não atendeu nenhuma.
Acabou ligando para Rafael, qu