Ao lado, Paulo observava a cena. O sobrinho agarrava aquele jovem pela gola, e o modo como o rapaz o chamava dizia tudo.
Em poucos segundos, ele deduziu quem era. Só podia ser o filho bastardo daquele canalha do André.
— Como assim “afastar você por causa da senhorita Cristiane”? — A voz de Paulo saiu fria, carregada de desdém, enquanto dava dois passos à frente, posicionando-se ao lado do sobrinho. — Essas desavenças não deveriam ficar restritas entre vocês?
O olhar dele era cortante.
— Transformar um rancor pessoal em confusão pública, fazer o Gabi ganhar inimigos... Isso sim é um comportamento covarde e mesquinho.
As palavras eram duras e diretas.
Ao ouvir aquela provocação evidente, Sérgio fitou o homem por um instante. Não o reconheceu de imediato, mas gravou bem o rosto.
Aquela ofensa, ele não esqueceria.
Ainda assim, diante de tanta gente importante à volta, conteve o impulso. Precisava manter a aparência, preservar o papel que representava.
— O senhor está me julgando mal. — Di