Gabriel inclinou a cabeça mais uma vez, num gesto de respeito contido, e se virou para sair.
Mas, antes que desse um passo, a voz firme do avô ecoou novamente atrás dele:
— E também peça desculpas ao seu irmão.
O corpo de Gabriel enrijeceu de imediato.
As mãos se fecharam em punhos, o maxilar travado.
Ele lançou um olhar cortante para Sérgio, um olhar que, se pudesse, o fulminaria ali mesmo.
Se não fosse pelo lugar e pelas pessoas presentes, ele já teria partido para a agressão há muito tempo.
Mas ouvir o avô exigir que ele pedisse desculpas... Era demais.
Jamais faria isso.
Percebendo que o neto o desafiava em silêncio, o senhor Henrique franziu o cenho. A voz tornou-se mais severa, quase num brado:
— Gabriel! Sérgio é seu irmão, queira você ou não! — O tom do patriarca fez o ar pesar. — Foi você quem o insultou, quem o empurrou no chão diante de todos! Peça desculpas imediatamente!
O olhar de Gabriel se manteve frio, distante, sem um traço de arrependimento.
Ele sabia que não o tinha