— Não tenho. — Respondeu Penildon, balançando a cabeça.
Sérgio franziu o cenho. Sem provas materiais, apenas com uma gravação, seria quase impossível sustentar aquela acusação.
Além disso, se a gravação viesse a público, não demoraria para a família Cardoso rastrear até Penildon... E, naturalmente, chegar até ele próprio.
Pensou então em recorrer às câmeras de segurança do Paraíso Virtual.
Mas logo descartou a ideia.
Se os Cardoso haviam mantido a farsa até agora, escondendo a identidade de Beatriz e não desmascarando Vitória, era sinal de que certamente já tinham manipulado todas as imagens, limpando qualquer vestígio.
— Sérgio? Sérgio? — Chamou Penildon, vendo o silêncio do outro lado.
— Fique tranquilo. Eu vou garantir o Paraíso Virtual para você, quando sair. — Respondeu Sérgio, voltando a si.
Penildon, emocionado, curvou-se em gratidão. Se não fosse pela meia parede de concreto, que o impedia de ser visto, talvez tivesse até caído de joelhos para agradecer.
Ao deixar a prisão, Sér