Assim que Letícia ouviu aquelas palavras, não conseguiu evitar que a memória a traísse. De imediato, veio-lhe à mente a cena humilhante em que, em plena reunião, havia pegado no sono como se estivesse em coma, dormindo feito um porco abatido. A vergonha era tamanha que sentia como se pudesse cavar um buraco profundo o bastante para esconder uma mansão inteira.
O mais constrangedor era que, se tivesse sido por dedicação aos estudos, talvez conseguisse rir daquilo. Mas não… Tudo havia sido apenas uma tentativa de conquistar um homem.
E, ironicamente, aquele mesmo homem estava agora diante dela, perguntando justamente sobre isso.
— Acho que cada pessoa tem seu dom neste mundo. — Letícia forçou um sorriso, tentando disfarçar o desconforto. — Depois de tentar um pouco, percebi que nos negócios eu não tenho muito talento.
Renato não desviou o rosto e, por isso, não percebeu a expressão aflita dela. Continuou com naturalidade:
— Quando minha irmã estiver recuperada, se você quiser aprender ma