Vendo que a irmã não só não tinha vergonha como ainda se gabava disso, Eduardo apenas balançou a cabeça e se virou para voltar ao quarto.
— Quando chegar a hora, vou te chamar. Mas, por favor, tenta ser mais gentil e para de intimidar a minha amiga! — Gritou Letícia para o irmão sem coração.
A única resposta que recebeu foi o som da porta sendo fechada na cara dela, sem o menor pudor.
Letícia ficou ali, encarando a porta fechada por alguns segundos antes de bufar e voltar para o próprio quarto.
Na curva do corredor, Priscila, que passava com um copo d’água nas mãos, havia escutado toda a conversa.
Franziu levemente a testa, pensativa por um instante, antes de seguir para o outro lado do corredor, sem dizer nada.
No quarto de Eduardo, ele abriu a caixinha.
Ali dentro, repousava um par de abotoaduras de safira azul, com um brilho discreto e refinado, incrustadas em platina.
Pegou uma delas e a observou de perto: a qualidade da pedra e do acabamento eram de primeira linha.
Sob a luz, os c