— Fique com o presente. Hoje vou deixar o café para outro dia, mas espero que me convide da próxima vez. — Ele disse com um leve sorriso.
— É valioso demais, eu ficaria constrangida. Por favor, aceite de volta. — Beatriz respondeu, apressada.
— Nem olhou e já disse que é valioso. — Eduardo retrucou.
— Vindo do senhor, Sr. Eduardo, com certeza não é algo comum. — Disse Beatriz.
— Você tem um bom vocabulário para bajulação, hein? Fica com isso. É só uma lembrancinha. — Eduardo pegou o saquinho de presente e o colocou diretamente nas mãos dela.
Se fosse qualquer outra pessoa tentando puxar seu saco, talvez ele se incomodasse, achando tudo muito interesseiro. Mas, vindo de Beatriz, ele sabia que havia um quê de ironia naquilo, com uma pitada de sarcasmo intencional.
— Aceitou o presente. Agora não tem mais desculpa. Nada de me criticar pelas costas, combinado? — Eduardo sorriu antes de virar e sair, caminhando tranquilamente.
Beatriz ficou parada.
Ela teve quase certeza: Letícia com certez