Daniel entendeu de imediato e comentou com naturalidade:
— Murilo é atento aos detalhes. Pode ir, a máquina de café está no canto esquerdo da minha sala. O pessoal deles já chegou no térreo, vou lá recebê-los. Quanto ao café... Um espresso simples está ótimo. E se não ficar perfeito, não tem problema. Provavelmente ele nem vai beber. É mais pelo gesto mesmo.
Beatriz compreendeu o recado. O cliente em questão provavelmente era exigente a ponto de desprezar qualquer café que não fosse do gosto refinado dele.
Ao entrar na sala de Daniel, dirigiu-se direto à máquina. Pegou a medida certa de pó, ajustou a moagem e iniciou a extração.
Enquanto o café era preparado, aproveitou para vaporizar o leite e formar uma espuma cremosa. Com cuidado e agilidade, finalizou com uma leve arte em forma de árvore sobre o topo da bebida.
Quando retornou à sala de reuniões com a xícara na mão, os convidados já estavam acomodados.
Daniel ocupava a cabeceira à direita, enquanto o cliente da empresa parceira sen