Dentro do carro, parado na rua...
Gabriel mantinha o olhar fixo na entrada do prédio comercial. A mão esquerda apertava o volante com força enquanto rangia os dentes.
— Quem fez a denúncia? — Perguntou com a voz tensa.
— A pessoa não deixou nome... Não tenho essa informação. — Respondeu o segurança.
Gabriel respirou fundo, tentando manter o controle.
— Era homem ou mulher? — Perguntou, mais direto.
— Mulher. — Disse o segurança, sem hesitar.
— Jovem ou mais velha?
— Jovem. — Confirmou ele.
Os olhos de Gabriel se arregalaram. Sabia! Só podia ser a Beatriz!
Mas como ela o tinha descoberto? Em que momento passou por ele e entrou no prédio sem que ele percebesse? Ele tinha vigiado cada pessoa que entrou.
— Você pode me passar o número dela? — Perguntou Gabriel, tentando soar casual.
O segurança hesitou, claramente desconfortável.
— Me desculpe, senhor, mas isso é complicado... Hoje foi só um mal-entendido, um pequeno engano, não houve maiores problemas. Só incomodamos o senhor sem querer.