À noite, como de costume, Gabriel saiu do trabalho e foi direto visitar Vitória antes de voltar para casa. Mais um dia em que não foi ver Beatriz.
Naquele dia, teve um jantar de negócios. Bebeu um pouco, e o estômago não estava dos melhores. Sentou-se à mesa da sala de jantar, incomodado... E, de repente, a imagem de Beatriz surgiu em sua mente, ela trazendo a ele uma sopa caseira para curar a ressaca.
Sempre atenciosa, o lembrava com paciência, quase como uma velha governanta. E quando ele a repreendia, ela apenas abaixava a cabeça e ficava ali, calada, ao lado dele, esperando obedientemente.
Mas ao voltar à realidade... A casa estava vazia. Enorme. Silenciosa. Já não havia mais ninguém ali.
Gabriel franziu a testa. Nos últimos dias, vinha pensando em Beatriz com frequência, e isso o incomodava profundamente.
Levantou-se para pegar um remédio, encheu um copo d’água... e teve a estranha sensação de que algo estava faltando ali.
Demorou alguns segundos, então percebeu, era o copo de águ