— Gabi, fala menos um pouco... — Disse Vitória, tentando aliviar o clima.
No quarto, Beatriz colocou os fones de ouvido, deu play na música e se isolou por completo da conversa dos dois.
Alguém ali queria fazer cena, mas ela sequer se deu ao trabalho de olhar.
Nem tinham se passado duas horas, e Beatriz já decidiu tomar banho e se arrumar, melhor fazer isso logo do que acabar esbarrando com os dois mais tarde.
Com os itens de higiene nas mãos, saiu do quarto, ainda ouvindo o papo meloso vindo da sala.
Ao ouvir a porta do quarto se abrir, Gabriel levantou os olhos, e logo em seguida, ouviu o clique do banheiro sendo trancado.
Algo estava estranho com Beatriz o dia todo.
Ela estava com raiva? Não... Era mais como uma frieza indiferente. Um desprezo silencioso.
Durante todo o tempo em que ela ficou no banheiro, ele não tirou os olhos da porta.
Ao lado, Vitória o observava com um olhar enviesado, onde brilhava um ressentimento quase cruel.
Depois de uns dez minutos, a porta do banheiro fin