A toalha de rosto molhada.
Letícia jamais confundiria uma toalha de mãos com a de rosto, ainda mais na casa dela.
Então... Por que Beatriz não tinha se dado conta disso logo pela manhã?
Quem a havia levado pra casa, afinal? O motorista? Ou... Eduardo?
Beatriz apertou os lábios, pensativa, o coração dando um leve salto.
Ela torcia para que tivesse sido o motorista. No fim das contas, faria mais sentido: um profissional do setor de serviços, acostumado a cuidar dos detalhes, provavelmente seria mais atencioso.
Mas, ainda assim…
Enxugar o rosto dela... Não era atenção demais?
Quer dizer, era um homem. E entre homem e mulher, havia certos limites. Levá-la até em casa já seria mais do que suficiente.
Claro, o gesto havia sido de boa intenção. Beatriz sabia que não deveria interpretar aquilo de maneira errada. Mesmo assim, não conseguia evitar que a imagem da manhã seguinte lhe voltasse à mente.
Acordou com a roupa impecável. Nem parecia que havia dormido com ela. Nem a alça do sutiã estava