— Talvez... seja porque, quando criança, eu esperava demais pelo amor dos meus pais. Sempre imaginei que, um dia, eles finalmente gostariam de mim.
Lucas a envolveu num abraço apertado, sentindo o coração apertar: — Mariana, daqui para frente, nós todos amamos você.
Mariana se afastou um pouco, abaixando a cabeça: — Você... já sabia?
— Sobre Didi?
Ela assentiu.
— Isso nunca fez diferença para mim. — Respondeu Lucas. — Mesmo quando achei que Didi fosse filho de outro homem, nunca cogitei deixar você ir embora. Quem é o pai dele nunca importou...
— Você é um idiota...
— Talvez eu seja. — Ele sorriu de leve. — Mas, se ele é seu filho, então eu quero o proteger, o amar. Qual o problema nisso?
Mariana virou o rosto. — Você é mesmo um tolo...
— Se sou um tolo, então você é ainda mais. — Lucas olhou para ela com ternura e dor. — Você enfrentou tudo sozinha, passou por uma gravidez inteira sem apoio, criou Didi sem ninguém ao seu lado... Só de pensar que eu não estava lá quando você mais preci