No carro, Mariana perguntou novamente a Camila:
— Você está bem mesmo? Se quiser, podemos deixar o carro e pegar um Uber.
— Não exagere! Foi só uma batidinha. — Disse Camila, ligando o motor. — Tá com medo?
— Claro! — Mariana segurou o peito. — Meu Deus, que susto!
— Foi só um toque. O cara vai pagar tudo, e ainda vou cobrar indenização por trauma emocional!
— Acha que ele vai te pagar isso?
— Viu a placa do carro dele? — Camila arqueou uma sobrancelha.
Mariana não tinha prestado atenção:
— Qual era a placa?
— Não era placa comum. Aposto que era um político importante. O cara que desceu era só o motorista.
— Ah… — Mariana olhou para ela. — Mas você tem certeza que não se machucou?
— Tá tudo bem. — Camila baixou a voz. — Mas olha, não conte nada disso a ninguém, especialmente ao Sebastião, entendeu?
— Tá bom… — Mariana assentiu.
Camila continuou:
— Meu carro… vou deixar em sua casa hoje. Amanhã eu pego. Se perguntarem, você diz que bateu no muro enquanto estacionava.
— Porquê?
— Porque